Arquivo | Julho, 2012

A FILOSOFIA BUDISTA E O RESPEITO PELOS ANIMAIS NÃO-HUMANOS…

12 Jul

“Haverá um dia em que o homem verá o assassinato de um animal, como assim vê o de um homem.”

– Buda –

Que o budismo é uma tradição também religiosa que prima pela compaixão por todos os seres viventes não é novidade. É, também, bastante conhecida a existência de paralelos entre muitos dos seus ensinamentos e conceitos científicos oriundos da Física Quântica e outras áreas do conhecimento ocidental, como o de “physis” e o do “self”. No que tange à problemática ambiental – campo de discussão que deve incluir a nossa relação com os animais não-humanos – um aspecto muito interessante a destacar é que os paralelos entre tais preceitos religiosos e os conceitos apontados desvelam, entre outras questões, os limites da nossa percepção fragmentada sobre tudo, e nos remetem a uma cosmovisão na qual todos os fenómenos são manifestações do que podemos chamar de “Ser” (o filósofo Martin Heidegger, por exemplo, diz que a physis é a revelação, a manifestação do Ser). Essa cosmovisão, chamada por alguns de holística, sistémica ou, ainda, ecológica, leva-nos a uma percepção do universo como um todo dinâmico cujas partes se encontram inextricavelmente inter-relacionadas e que inclui cada um de nós: plantas, rochas, animais humanos e não-humanos, etc. As interconexões entre esses diferentes caminhos do conhecimento – religioso, filosófico e científico – mostram, portanto, um grau de consciência absolutamente fascinante.

Tal como se sabe, os diversos povos da Índia tiveram em comum a fascinação e o respeito pelos animais. Os hindus, budistas e jainistas consideravam todas as formas de vida como igualmente importantes, pois as julgavam encarnações de uma energia ou força vital única. Acreditavam que, quando uma pessoa morria, essa energia era reencarnada em alguma outra forma. Portanto, matar um ser vivo era inadmissível. Até um insecto poderia ser vitalizado pela alma de um antepassado ou amigo. Numa forma ainda mais forte de expressar esse sentimento pelos animais, a mitologia hindu dotou os deuses de atributos animais.

A discussão sobre o vegetarianismo e os direitos dos animais é antiga e está presente nas tradições filosóficas ocidental e oriental. No oriente, tem como base as religiões fundamentadas sobre a não-violência (hinduísmo, budismo, jainismo). No ocidente, tem fundamento na filosofia grega clássica, que combinava argumentos éticos e espirituais, e pode ter sido influenciada pelas religiões orientais. Todavia, com o advento do cristianismo se ausentou a força do debate, que ressurgiu após o Renascimento e, principalmente, após o Iluminismo. As preocupações éticas e políticas do Iluminismo estenderam-se à questão animal. No século XIX, a filosofia moral utilitarista também destacou o dever de minimizar o sofrimento dos animais. Nessa época surgiu o bem-estarismo (bem-estar) e as primeiras sociedades protectoras de animais e vegetarianas. No século XX, a expansão do uso de animais por seres humanos, em função do crescimento e industrialização da pecuária e da ampliação experimental científica pelo modelo animal, em conjunto com a ampliação do conhecimento humano acerca das espécies animais, sob a influência de Charles Darwin, levaram a uma reviravolta no debate sobre a questão animal, levando a críticas ao paradigma do bem-estar, à difusão do conceito dos direitos animais e ao surgimento de um movimento abolicionista, em favor do fim do uso de animais pelos seres humanos.

Apesar de tudo, poder-se-á inserir neste contexto o preceito de “não matar”, que não se refere somente tirar a vida humana. Recordo que quando eu era menino, esta ética fundamental era ensinada em forma de apaixonantes histórias. Na época actual, esta forma de doutrina está em desuso, pois foi esquecida pela maioria dos educadores, os quais, tendem mais a se opor a esta moral fundamental do que a segui-la, como bem podemos perceber!

Em suma, independentemente da religião professada, ou não, penso que a prescrição da “não-violência” terá que se estender à existência dos animais não-humanos e, por conseguinte, ao respeito intrínseco pelas interconexões multidimensionais atrás referidas, pois somos dotados de inteligência, intelecto e consciência cósmica que o Mistério da VIDA circunscreve e acalenta em todos os seres, e isso de acordo com o seu grau evolutivo ou estágio!

O “DESTINO” – E A LEI DE CAUSA-E-EFEITO…

10 Jul

A Filosofia Budista ensina que a felicidade humana baseia-se na Lei de Causa-e-Efeito. Distintamente do conceito de causalidade nas ciências naturais e sociais do Ocidente, pois o princípio budista de “causa-e-efeito” considera em primeiro lugar a vida da pessoa.

Para melhor compreender este conceito – consideremos que um aluno estude bastante para um exame e passe com notas altas. O estudo que foi aplicado é a causa e, o facto de ser aprovado, o efeito. Mas há sempre algum “meio” que liga a causa ao efeito, e neste caso, o meio é o acto de prestar o exame. Tal meio funciona de duas formas: produz um efeito e contribui para formar uma nova causa. No entanto, a mesma quantidade de esforço não necessariamente levará aos mesmos resultados. Por exemplo, alguns estudantes têm naturalmente boa memória, ao passo que outros tendem a esquecer as coisas rapidamente. A questão mais importante é o que produz essas diferenças entre os indivíduos. O budismo atribui a causa ao modo de vida nas existências anteriores. A individualidade e as habilidades naturais são os efeitos das causas realizadas em existências precedentes.

Como bem se pode observar, e neste contexto, o budismo é muito diferente da doutrina de algumas religiões ocidentais que sustentam que um ser transcendental predetermina o curso de vida das pessoas neste mundo. O budismo afirma que cada indivíduo é responsável pelo seu próprio destino e tem ao mesmo tempo o privilégio para mudá-lo para melhor e desenvolver o seu carácter no futuro. Isso exprime que a pessoa com memória fraca não tem de se resignar ao seu destino. Se sabe do seu ponto fraco, pode iniciar os preparativos para um teste bem antes dos outros para que possa memorizar completa e eficazmente as matérias. Assim, poderá superar sua desvantagem. Em vez de depender da sua memória débil, pode compensá-la aumentando a sua compreensão. E estando ciente dos seus próprios potenciais, fraquezas e inclinações é possível desenvolver os pontos fortes e melhorar os frágeis. Esta é a maneira correta de superar as limitações do destino. Mesmo assim, dever-se-á ter resistência suficiente para desfrutar a autonomia fazendo com que a Lei de Causa-e-Efeito influencie o benefício próprio.

Na Filosofia Budista elucida-se sobre a forma de aumentar a própria “energia vital” e a sabedoria para poder atingir a liberdade que está muito além do que se pode atingir apenas com um esforço consciente. Uma vez que o “destino” é o produto, ou o efeito, dos esforços passados determinados pela lei da causalidade, não se pode evitar os seus efeitos. Todavia, a pessoa não deve ficar resignada. Se permanecer firme no leito do rio da vida, a Lei Mística, que é a entidade da existência, e não apenas as torrentes do karma, ou “destino”, pode conduzi-lo. Instituindo uma base inabalável, poder-se-á obter a liberdade de agir de acordo com a própria vontade.

E assim despertando, poder-se-á conquistar o Nirvana neste Plano, que fará aparecer o Bem-Estar que todos querem usufruir e manter!

“With our thoughts we make the world” – said the Buddha.

6 Jul

 

This is from one of my favorite verses out of the “Dhammapada”.

 

Here is the full quote:

 

We are what we think.

All that we are arises with our thoughts.

With our thoughts we make the world.

Speak or act with a pure mind

And happiness will follow you

As your shadow, unbreakable.

 

What it means

 

It is such a simple quote and seemingly so obvious. What this quote and verse means to me is this – everything in the world begins with thought. It all begins in the mind, and from there the world actually comes into being. This world is illusory in that we believe the world was here first, and would be here regardless of our own existence in it. However from the Buddhist perspective, this is not quite so. We are actively creating in this world of form, and we create it with our minds. Yes, we are the creators of everything around us. “With our thoughts we make the world” – it is said by the Buddha himself.

So once we understand that we are creators, that our minds are at the forefront of existence, we can then take the next step and speak and act with a pure mind. Then is when happiness will follow. Happiness arises from a pure mind. If we do not have a mind that is pure, we can fall prey to many states of unhappiness. That could be stress or guilt or fear or any state in which we find we are lacking in happiness. So if we want that happiness, if we want to experience joy and love and all these wonderful things, we need to do the work to make our minds pure. And how can we do that? Well I think we all instinctively know. Treat people and the earth well, do no harm to others, that kind of thing. I think it is our natural state, yet for some reason we stray from this state, and what happens? We find ourselves lacking in happiness.

I also think to reach a state of happiness requires some form of meditation or prayer, and a general positive outlook on life. Sometimes these things can be more difficult than it may seem just talking about it. But to really reach a state of pure mind, we may find ourselves having to turn down involvement in activities where we may be exposed to violence, whether it’s watching it on TV or video games, to support for wars or take part in them.

This world does present many challenges. But we can make the world a better place by using our minds, being the creators that we are. Now is the time to start taking control of this immense power and turn it to some good use.

A minha sincera homenagem a Sua Santidade, o XIV Dalai Lama, Tenzin Gyatso.

6 Jul

LONG LIFE PRAYER FOR THE DALAI LAMA

 GANG RI RA WAY KOR WAY SHING KHAM DIR

 In this Pure Land surrounded by the snowy mountains

 PHEN DANG DEY WA MA LU JUNG WAY NAY

 You are the source of all benefit and happiness, without exception.

 CHEN RAY ZIG WANG TEN ZING GYA TSO YI

 All powerful Avalokiteshvara, Tenzin Gyatso,

 SHAB PED SID THAY BAR DU TEN GYUR CHIG

 May you stay immovable until Samsara becomes exhausted.

Buddha Bless wishes Long Live H.H

 Happy 77th Birthday

Vídeo

A IMPERMANÊNCIA…

5 Jul

http://youtu.be/a4PMJ8Y2owo

http://youtu.be/vX0fZpYnv6g

“NINGUÉM PODE COMPRAR NINGUÉM”, ASSIM COMO “NINGUÉM É DE NINGUÉM”…

5 Jul

A propósito do que editei anteriormente no meu mural do facebook sobre “a afinidade não se explica…a amizade não se força…a confiança não se obriga… e o sentimento não se controla”, trecho retirado de um texto publicado há muitos anos em Portugal, e prosseguindo na temática que serve de abordagem primordial, quero aqui salientar, que a confiança entre as pessoas, é um dos sentimentos mais nobres que um ser humano pode colher e cultivar dentro de si, e com os demais. A confiança é a base das grandes amizades, dos amores autênticos e das relações que não se baseiam na falsidade e no embuste que frequentemente são consagrados na hipocrisia de algumas relações humanas. A confiança é o princípio do entendimento, até mesmo entre seres opostos. Em abono da verdade, é o elo mais forte desse maravilhoso anelo que une pessoas que se complementam de alguma forma. Portanto, confiar é entregar ao outro, sem temor, tudo que há de mais precioso dentro coração humano.

Mas, para se gostar de alguém sem ressalvas e manter uma convivência sã, é indispensável que haja credulidade entre as pessoas e, sobretudo, que não haja manipulação de nenhuma espécie, que não hajam interesses egocêntricos, mesquinhos, enciumados e opressores. A credibilidade – entre as pessoas – não é uma criatividade de última hora, é uma aprendizagem paulatina. Se não houver confiança numa relação, não haverá mais nada pelo qual valha a pena pelejar. Sem confiança não há liberdade de gestos. Sem confiança não há entrega. Sem confiança, todas as portas da nossa alma se aferrolham, e a luz que deveria desobscurecer a nossa aura, se dissolve numa espécie de negrume que assombra a vida individual.

Sem sombra de dúvida, o amor é uma forma de demonstrar afecto, é um sentimento que todos nós podemos sentir e fazer sentir. Homens e mulheres de todas as raças, de todas as religiões, de todos as estaturas e configurações, tenham ou não capacidades físicas ou psicológicas podem amar e ser amados. Podemos sentir um amor mais intenso ou menos intenso por cada pessoa, depende se ela nos é mais ou menos próxima.

Na verdade, há vários tipos de amor: o amor pela família, o amor pelos amigos, pelas namoradas, pelos namorados, também o amor pelos animais, o amor pelas plantas, o amor pelas coisas de que gostamos, amor à música, à dança, à pintura, à fotografia, à leitura, à escrita, o amor às paisagens, o amor aos objetos…

São todos diferentes, mas todos são formas de amor!

Todavia, o amor, tal como outros sentimentos, não se compra. Não se pode negociar, exigir, nem compelir. O amor pelos demais não se demonstra com bens materiais nem sequer com a esperança de ganho e recebimento do que quer que seja; mas sim, através de pequenos e grandes gestos. O amor não tem tamanho e por isso é impossível de mensurar, mas o que importa é estarmos predispostos e disponíveis para dar e para receber.

A cumplicidade não se compra, afinidade não se explica, amizade não se força, confiança não se obriga e sentimentos não se controlam.

A verdadeira amizade é um sentimento sublime, puro e verdadeiro, para possuí-la não é preciso ser rico nem pobre, ter possessões ou não.

A amizade é um dom, é um sentimento nobre que une as pessoas, sendo um sinal de confiança integra e recíproca, pelo que sem ela não há humanidade, sem ela não há o mundo, pois tudo na vida se origina de uma amizade, mas ela exige uma cláusula muito importante, ela tem que ser sincera e desinteressada, caso contrário, não há realmente amizade.

O que será do mundo sem esse afecto, essa união entre as pessoas, esse sentimento com sete letras mas que tem um valor maior que tudo, ela transforma a vida de todos nós, e é a íntima amiga do amor no incondicional, pois não há nenhum relacionamento sem amizade; porém, há amizades sem relacionamento íntimo.

Em suma, quem se predispuser à tentativa de subornar, impor, subjugar, fiscalizar e manipular este nobre sentimento humano sujeitar-se-á a ficar DESACOMPANHADO, perfeitamente vazio e desamparado na vida. E como tal, para sempre proscrito da comunidade humana, que deve ser modelada pelo Amor Incondicional!

“DEUS” – pelo filósofo e racionalista Baruch Spinoza…

3 Jul

Hoje de manhã, como em todos os dias em que me encontro no Brasil, e após o meu ritual budista matinal de sempre, abri o meu correio-electrónico e deparei-me com um belíssimo texto do supra mencionado autor gentilmente enviado por um amigo português que também por aqui reside, que me fez rememorar os tempos que estudei filosofia e, muito particularmente, quando tentei dissecar o pensamento dos grandes pensadores para obter “o NADA” que nos habita e, nomeadamente, o “Todo” indecifrável que, diariamente convocamos em nós, através das lides que a vida nos consente e proporciona.

Penso que já declarei vezes sem conta, e isto é um sentimento que se encontra presente desde criança, que não credencio um “deus” apresentado como sendo um homem, acarretado de anos, de grandes barbas brancas e de vasta cabeleira alva, embrulhado na alvura de uma toga, outorgando disposições, à dextra e à sinistra, aos seres que o rodeiam, lá pelos lados celestiais, para que actuem sobre os dilemas do Universo, com especial incidência nos conflitos que, de segundo a segundo, se vão gerando, no Globo Terra, entre os indivíduos e as suas organizações.

Porém, acolho sim, a ideia da existência de Energia Inteligente (ininterruptamente) Emanada do Cosmos, a qual tudo preceitua e tudo condiciona, e a todos atinge. Isso sim! Isso para mim é a Divindade, o Incriado, a Deidade Universal e Cósmica! Portanto, esta concepção transcendental de uma “força” que tudo abarca e superintende – é-me fácil de consentir.

Admitir e anuir a um “deus” antropomórfico, como as religiões monoteístas assim defendem e catequizam, penso que nem Moisés, há cerca de quatro mil anos, a aceitou, uma vez que relatou a Divindade, no seu livro do Êxodo, como uma “sarça-ardente inapagável” (a tal Energia que atrás refiro), e o Apóstolo João, no Livro do Apocalipse, também a relata como uma energia, ao dizer que “do Trono saíam relâmpagos” que alumiavam todo o ambiente; não distinguindo a presença de um corpo humanóide ou outro qualquer.

Caríssimos amigos, leitores e subscritores, ante este belíssimo e luminoso texto que abaixo reproduzo, e que aqui vos deixo, lembrando Einstein (como o texto enviado e por mim recebido indica), quando perguntado se acreditava em “Deus”, respondeu: “Acredito no Deus de Spinoza, que se revela por si mesmo na harmonia de tudo o que existe.”

As palavras abaixo, ditas em pleno século XVII, são de Baruch Espinosa – nascido em 1632 em Amsterdão, falecido em Haia em 21 de Fevereiro de 1677, que foi um dos grandes racionalistas do século XVII dentro da chamada Filosofia Moderna, juntamente com René Descartes e Gottfried Leibniz.

Atenção, pois, a este extraordinário texto, vale a pena meditar sobre ele!

“Pára de ficar rezando e batendo no peito! O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida. Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti.

Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa. Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias. Aí é onde Eu vivo e aí expresso o meu amor por ti.

Pára de me culpar da tua vida miserável: eu nunca te disse que há algo mau em ti, ou que eras um pecador, ou que a tua sexualidade fosse algo mau. O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar o teu amor, o teu êxtase, a tua alegria. Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer.

Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes ler-me num amanhecer, numa paisagem, no olhar dos teus amigos, nos olhos do teu filhinho… Não me encontrarás em nenhum livro!

Confia em mim e deixa de me pedir. Tu vais dizer-me como fazer o meu trabalho? Pára de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor.

Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz… Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso culpar-te se respondes a algo que eu pus em ti? Como posso castigar-te por seres como és, se Eu Sou quem te fez? Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos os meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso?

Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti. Respeita o teu próximo e não faças o que não queiras para ti. A única coisa que te peço é que prestes atenção à tua vida, que o teu estado de alerta seja o teu guia.

Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. Esta vida é a única que há aqui e agora, e a única que precisas.

Eu te fiz absolutamente livre. Não há prémios nem castigos. Não há pecados nem virtudes. Ninguém leva um placar. Ninguém leva um registo. Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.

Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso dar-te um conselho: vive como se não o houvesse. Como se esta fosse a tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. Assim, se não há nada, terás aproveitado da oportunidade que te dei. E se houver, tem certeza que Eu não vou perguntar-te se foste comportado ou não. Eu vou perguntar-te se tu gostaste, se te divertiste… Do que mais gostaste? O que aprendeste?

Pára de crer em mim – crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti. Quero que me sintas em ti quando beijas a tua amada, quando agasalhas a tua filhinha, quando acaricias o teu cachorro, quando tomas banho no mar.

Pára de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra acreditas tu que Eu seja? Aborrece-me que me louvem. Cansa-me que me agradeçam. Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, da tua saúde, das tuas relações, do mundo. Sentes-te olhado, surpreendido? … Expressa a tua alegria! Esse é o jeito de me louvar.

Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim. A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas. Para que precisas de mais milagres? Para quê tantas explicações?

Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro de ti… Aí é que EU estou.”

Espero que meditem sobre o que Spinoza escreveu!

UM LIVRO ÍMPAR NA HISTÓRIA DA LITERATURA PORTUGUESA…

3 Jul

“ENTRE O SAMSARA E O NIRVANA” – EDITORA “PERGAMINHO”

Distribuído no Brasil pela Livraria “Saraiva” – São Paulo

WEEKEND COURSES IN BRAZIL…

3 Jul

ABOUT THE CONFLUENCE BETWEEN

“HOLOTROPIC BREATHING & VIPASSANA MEDITATION”

 

HOLOTROPIC BREATHEWORK

The term ‘holotropic’ is derived from Greek roots, ‘holos’, meaning “whole” and ‘trepein’, meaning “to turn, lead, guide”. Thus, Holotropic Breathwork may be defined as “breathwork that leads to or turns us toward wholeness”.

Holotropic Breathwork combines accelerated breathing with eventually evocative music and close one-on-one supervision in order to access insight and healing in non-ordinary states of consciousness.

With the eyes closed and lying on a mat, each person uses their own breathing – supported by the music – to enter a non-ordinary state of consciousness. Holotropic breathing is faster and deeper than usual; generally no other specific instructions are given before or during the session as to the rate, pattern, and nature of breathing. The experience is entirely internal and mostly non-verbal, without interventions.

Entering a non-ordinary consciousness, in this context, activates the natural inner healing process, generating experiences unique to each person for that particular time and place. Breathers often experience recurring themes, but no two breathwork sessions are ever the same.

Holotropic Breathwork is usually done in a group context, although each person has an individual experience. People work in pairs and alternate in the roles of “breather” and “sitter.” The sitter’s role is simply to be available to assist the breather by providing blankets, pillows, tissues, etc., and not to interfere or interrupt the process. The same is true for trained facilitators, who oversee the group and step in to help when requested.

If requested by a breather, facilitators provide focused bodywork – or other forms of support – to help breathers relieve tension or complete the experience. After the session, participants give creative expression to what happened through mandala drawing, and then are invited to tell their experiences to the group. These techniques help participants integrate the process.

VIPASSANA MEDITATION

Vipassana, which means to see things as they really are, is one of India’s most ancient techniques of meditation. It was rediscovered by Gautama, the Buddha, more than 2500 years ago and was taught by him as a universal remedy for universal ills, an Art of Living.

This non-sectarian technique aims for the total eradication of mental impurities and the resultant highest happiness of full liberation. Healing, not merely the curing of diseases, but the essential healing of human suffering, is its purpose.

Vipassana is a way of self-transformation through self-observation. It focuses on the deep interconnection between mind and body, which can be experienced directly by disciplined attention to the physical sensations that form the life of the body, and that continuously interconnect and condition the life of the mind. It is this observation-based, self-exploratory journey to the common root of mind and body that dissolves mental impurity, resulting in a balanced mind full of love and compassion.

The scientific laws that operate one’s thoughts, feelings, judgments and sensations become clear. Through direct experience, the nature of how one grows or regresses, how one produces suffering or frees oneself from suffering is understood. Life becomes characterized by increased awareness, non-delusion, self-control and peace.

TRY and be awakened!

 

For more information about it, requests and solicitations, please contact me at:

Personal mobile phone: (Brazil) + 18 + 97812400

E-mail: profcarlosamaral@hotmail.com

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Blog: https://ametafisicadoser.wordpress.com

CURSOS DE FIM-DE-SEMANA PARA TODO O BRASIL

3 Jul

SOBRE A JUNÇÃO DA

“RESPIRAÇÃO HOLOTRÓPICA & MEDITAÇÃO VIPASSANA”

Efectivamente a mecânica quântica tem desvendado ao homem moderno um novo e extraordinário panorama que se encontrava oculto na realidade fenoménica do microcosmo existencial, deparando-se com um irrefutável e poderoso domínio, que trespassa toda a nossa realidade humana: o imponderável. Esta maravilhosa mecânica acabou por apresentar uma distinguida cosmovisão da nossa existência terrena, que se implanta nos panoramas paradigmáticas deste novo milénio que agora se inicia. Velhos pilares da física clássica, matemática, medicina, química, bioquímica, psicologia, neurologia e, por conseguinte, de todos os fundamentos da dimensão macrocósmica em que vivemos foram interiormente sacudidos. O profissional da área de saúde, convencional ou não, porém, muitas vezes alheado dessas estonteantes revelações, de modo geral ainda não absorveu o penetrante impacto desta nova visão do mundo. E as suas tão importantes conclusões ainda não se estenderam plenamente ao campo biológico, onde potencialmente reverterão em consideráveis transformações, com consequências imprevisíveis até mesmo na prática médica actual.

Realmente o primeiro grande feito da consciência que habita na física quântica, com relevante interesse na moderna visão do mundo, foi a exoneração da matéria como substrato último da complexidade universal. As últimas conclusões científicas evidenciadas, apontam que a matéria não pode ser decomposta em partículas fixas e fundamentais. O seu sustentáculo final é um processo dinâmico, portanto destituído de forma ou de qualquer outro abrigo material.

Venham, pois, experimentar e vivenciar ao longo de 15 horas de trabalho teórico e prático intenso, esta profunda realidade que, só por si, é capaz de transmutar o sofrimento ditado pela ignorância e pelo apego que faz com que as emoções humanas se cristalizem nos corpos subtis dos indivíduos, provocando negativas alterações que ocasionam doenças e infelicidade, absolutamente evitáveis e descartáveis.

A MEDITAÇÃO VIPASSANA

A palavra “Vipassana”, que significa ver as coisas como realmente são, é uma das mais antigas técnicas de meditação da Índia. Tendo sido redescoberta por Siddhartha Gautama, o Buda, há mais de 2500 anos e ensinada por ele como um remédio universal para males universais, ou seja, uma Arte de Viver.

Esta técnica não sectária, absolutamente isenta de rituais religiosos ou outros, visa a total erradicação das impurezas mentais e a resultante suprema felicidade da libertação completa. A cura, não a mera cura de doenças, mas a cura essencial do sofrimento humano, é o seu real propósito.

A Meditação Vipassana é um caminho de autotransformação que utiliza a auto-observação. Enfocando a profunda interconexão entre mente e corpo, que pode ser experimentada diretamente pela atenção disciplinada às sensações físicas que, por sua vez, constituem a vida do corpo e continuamente se interconectam e permitem a vida da mente. É esta jornada de autoconhecimento baseada na observação — que objetiva a raiz comum da mente e do corpo — sendo responsável pela dissolução das impurezas mentais, resultando numa mente em equilíbrio, cheia de amor incondicional e compadecimento.

Assim, as leis científicas que regulam os pensamentos, sentimentos, julgamentos e sensações se tornam realmente translúcidas para todos os praticantes, fazendo-os vivenciar esta experiência ímpar. Através desta experiência directa, compreende-se a natureza de como se progride ou regride, como se produz ou se liberta do sofrimento. A vida começa a caracterizar-se por consciência, pela libertação das ilusões, pelo autocontrolo e serenidade cada vez maiores.

Experimentem, e sejam maiormente felizes!

A RESPIRAÇÃO HOLOTRÓPICA

A Respiração Holotrópica é uma valiosa técnica de psicoterapia experiencial e auto-exploração profunda que, no Ocidente surgiu com a Psicologia Transpessoal, baseada no potencial curativo e transformador dos estados ampliados de consciência. Este poderoso método de libertação das emoções mais cristalizadas, criado por Stanislav Grof, um dos fundadores e principais teóricos da Psicologia Transpessoal, juntamente com sua esposa Christina Grof, que se baseou nos estudos e observações científicas realizadas por Harold Maslow, vem sendo utilizada desde o ano 1976 ao redor do mundo com surpreendentes resultados terapêuticos e de desenvolvimento individual.

O método utilizado na Respiração Holotrópica combina uma respiração mais rápida e profunda que a habitual, música evocativa, trabalho corporal e arte, permitindo que os participantes ampliem a sua consciência e se conectem à sabedoria e à capacidade de cura próprias do seu corpo e psiquismo, instância psíquica esta que Grof chamou de “curador interno”.

Este estado incomum de consciência tem a surpreendente capacidade de seleccionar e trazer à tona conteúdos de forte carga emocional e, portanto, de grande importância para as nossas dinâmicas psíquicas. Podemos reviver ou conectar-nos não somente com o material biográfico (do nascimento até o momento presente), como se faz normalmente na psicoterapia tradicional, mas, também, ter acesso às memórias da nossa gestação e parto e ilimitado espectro dos fenómenos transpessoais.

Experimente esta experiência, e cresça, RESPIRE e ACORDE, e verificará que o universo da vida é compassivo e complacente!

*para mais informações, marcações dos cursos, e agendamento dos mesmos para todo o Brasil, contactem:

Celular pessoal: (Brasil) + 18 + 97812400

Correio-electrónico: profcarlosamaral@hotmail.com

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Disponham!