VIVEMOS NUM MUNDO EM TRANSMUTAÇÃO E SUBLEVAÇÃO…

27 Nov

Por certo muita gente já verificou, que habitamos num período que aceita como um dado adquirido que os valores humanos patentes estão em crise. Naturalmente, e em todas as épocas, sempre surgiram clamores manifestando semelhantes abalos. A nossa época, neste ponto de vista, aparenta ter assumido que se terá atingido uma crise generalizada. Ante todos os acontecimentos que revestem o mundo actual, não subsistem atualmente critérios seguros para distinguir o justo do injusto, o bem do mal, o belo do feio; tudo é relativo, subjetivo, confuso e duvidoso.
A maior parte dos países, particularmente os europeus, estão mergulhados numa perigosa crise económica e social, mas ao mesmo tempo numa profunda crise de chefias, que são incapazes de romper novas perspectivas, de projetar países com futuridade, fortalecidos, verosímeis, onde os seus cidadãos nutram regozijo em viver.
Hoje em dia, as múltiplas lideranças seguem a corrente dos mercados do “faz de conta”, da representação, do marketing, ou seja, são cosmeticamente espampanantes, pouco lógicas, parcamente previdentes, exclamam por políticas delirantes, vociferam, mimicam, têm comportamentos extravagantes, usam palavras sem nexo e não consentem a condicionalidade do fiasco como homens.
As chefias que nos governam, normalmente são mal-educadas, passam a vida a denegrir companheiros de profissão, os seus competidores, fabricam grandes mentiras, instigam, devaneiam, colocam-se em bicos de pés, asseverando que a culpa é sempre dos outros e não sabendo fazer uso da grandeza do silêncio. As tendências destemperadas da política moderna ditam os preceitos, e os seus líderes têm de ser levianos, pouco judiciosos, pouco sociáveis, muito espetaculares nas posturas, num globo e numa sociedade que clama por sangue e os apelida de trapaceiros, mentirosos e usurários.
Efetivamente, hoje em dia, a vida pública, económica e social transfigurou-se em verdadeira “selva humana”, travestindo-se de pessoas arrogantes, sem competência, sem proficiência e sem ética. Não obstante, acredito num mundo melhor, mas confesso: a minha esperança é cada vez menor!

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